Jump to content
íslenska

Cinza e Poeira

Cinza e Poeira
Author
Yrsa Sigurðardóttir
Publisher
Óþekktur/Unknown
Place
Lisboa
Year
2011
Category
Portuguese translations


The crime novel Aska (Ashes to Dust) from 2007 in Portuguese.



Translation by Lucília Filipe.



About the book:



Trinta anos após a mais sensacional erupção vulcânica da Islândia, nas Ilhas Westmann, foi permitido aos antigos habitantes revisitarem os seus lares soterrados pela cinza e pela lava.



Markús Magnússon descobria na cave da sua casa de então três cadáveres e várias cabeças. Quando interrogado pela policía, declarou que, a pedido de uma amiga de infancia, fora recuperar uma Caixa que aí havia escondido puoco tempo antes da fuga á catástrofe. Mas eis que a amiga é assassinada antes de poder desvendar o conteúdo da dita caixa.



Este é o ponto de partida para uma empolgante investigação policial da advogada Thóra Gudmundsóttir, que irá encontrar muitos fantasmas e segredos de familia que continuam a asombrar a chamada Pompeia do Norte.



From the book:



Depois havia a cabeça propriamente dita. Thóra ainda nâo der com o que quer que fosse que pudesse explicar as insinuaões maliciosas acerca de Markús, por isso esmerouse ao máximo para descubrir algo ali. A descrição da autópsia começava de forma bastante inocente com referências á idade dos dentes, que indicava que a cabeça pertencia a um joven, provavelmente com cerca de vinte anos. A seguir o relatório incidia na causa de norte, que, na ausencia do corpo, era impossível de determinar. A prova sugeria que a cabeça fora cortada depois da norte. A conclusâo derivava dos cortes de serra, que eran invulgarmente uniformes, o que sugeria que o homem nâo podia estar vivo quando eles foram feitos. Thóra levantou os olhos do que estaba a ler e pensou se isso significava que um homem vivo, ainda que inconsciente, poderia ser virado enquanto lhe serravam a cabeça. Tal como antes, assolou-a um sentimento surreal quando pensou na cabeça cortada. Nenhum dos seus profesores da Faculdade de Direito poderia ter pensado em preparar os seus alunos para uma coisa daquelas e, aliás, Thóra achava que nenhum nível de ensino poderia tê-la preparado. Continuou a ler. A cabeça parecía ser do sexo masculino, tendo em conta as medidas das imagens de raio X do maxilar, bem como outras proporções de dimensões do crânio. Além disso, em redor do queixo ainda era perceptível barba espressa. Nâo havia chumbos nos dentes, por isso não podía fazer-se qualquer tentativa para determinar a nacionalidade ou mesmo a raça da cabeça. Na opinião de Thóra isso era mau. Se fosse outro inglês, isso sugeriria que a cabeça pertencera a alguém do mesmo grupo de homens, com quem Markús não tinha qualquer ligação e, então, ela poderia argumentar, facilmente, que Markús se vira, por acaso, enleado num assunto grave do qual nada sabia e, por isso, ignorara o seu significado, quando pôs a caixa na cave. A situação presente não era a ideal.



Cirou a página e continuou a ler. Não lera mais de duas linha, quando bateu com a mão na boca. Era aquilo a que Gudni se referia. Plhou para o tecto e inspirou profundamente. P que vira na boca da cabeça, lá na cave, e que pensara ser uma língua, era umo coisa muitíssimo diferente.



(164-165)



 



 


More from this author

Ultimes rituels

Read more

Kolmas Märk (The Last Rituals)

Read more

Brakið (The Wreck)

Read more

Ég man þig (I remember you)

Read more

Geisterfjord

Read more

Die IQ­-Kids und die geklaute Intelligenz

Read more

Brakið (The Wreck)

Read more

Ég man þig (I remember you)

Read more